1.6.01

Hoje dediquei algumas horas a um dos meus passatempos favoritos: ficar horas numa livraria. Em vez de uma movimentada num shopping, me escondi numa perto da faculdade. Para variar, sofri bastante, apesar de ter futucado pouco.

Logo que cheguei, fiquei dando uma olhada num livro sobre caricaturas que enrolo para comprar há mais de um ano. O livro parece bom e tal, mas ainda não conseguiu me empolgar o suficiente. E hoje eu não estava em condições de comprar nada.

Passei a maior parte do tempo que fiquei lá lendo dois contos de Borges, ambos de Ficções: "Tlön, Uqbar, Orbis Tertius" e "Pierre Menard, Autor do Quixote". Apesar da idéia do primeiro ser mais interessante, achei o segundo muito melhor: já havia encontrado mundos invadindo o real antes. Mesmo que a idéia tenha sido do argentino, as "cópias" são bem melhor desenvolvidas.

Acho que meu problema com Borges é justamente esse: seus fãs-escritores escrevem muito melhor que ele próprio suas idéias. E como eles estão em tudo quanto é canto, é difícil se deparar com alguma que ainda não tenha sido reciclada. Apedar da minha insistência, prefiro Umberto Eco, Grant Morrison e Paul Auster a Borges.

O resto do tempo passei lendo trechos de uma coletânea de ensaios do New York Times Book Review. Mais um livro para a Lista Sem Fim. (RSF)